quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vitamina D como terapia contra a obesidade


Cientistas do Centro de Pesquisa Biomédica em Red-Fisiopatologia da Obesidade e Nutrição (CIBERobn), abriram uma nova linha de investigação para promover os muitos benefícios à saúde da vitamina D e ver se esta pode se tornar um alvo terapêutico para prevenir e combater a obesidade e outras doenças.

Este trabalho está sendo dirigido a partir do Hospital Universitario Ramón y Cajal de Madrid, pelo Dr. Miguel Angel Lasunción, baseado em pesquisas anteriores que relacionam a falta desta vitamina com altas taxas de obesidade, especialmente quando esta deficiência é muito grave.

Além disso, ele também encontrou uma associação com o desenvolvimento de certos tipos de câncer, como o de cólon, de próstata e de mama.

Especificamente, os pesquisadores têm estudado a relação entre deficiência de vitamina D e a síndrome metabólica, uma combinação de fatores de risco cardiovascular em um indivíduo, tais como diabetes ou hipertensão, com um elo comum que é a obesidade especialmente do tipo abdominal.


A deficiência dessa vitamina está associada à síndrome metabólica e alterações nos níveis de lipídeos (colesterol e triglicérides), que de acordo com o Dr. José Ignacio Botella, membro de pesquisa do Hospital Ramon y Cajal, "faz pensar que é um fator modificável e que pode influenciar de forma benéfica para corrigir risco vascular nesses pacientes".

De fato, um recente estudo em uma amostra de 90 mulheres no estado da Califórnia, Estados Unidos, revelou que 63 % das mulheres tinham deficiência de vitamina D e pesavam 7,4 quilos a mais do que as que não apresentaram déficit. Eles também tiveram 3,4 pontos a mais em suas medições de massa corporal.

A vitamina D, também chamada anti-raquítica, podem ser obtida através da dieta e da luz solar. Pertence ao grupo de vitaminas lipossolúveis (solúveis em lipídios, que são armazenadas no corpo e não precisam ser consumidas todos os dias). Está envolvida na absorção de cálcio e fósforo no intestino, e, portanto, no depósito destes nos ossos e dentes.

Os alimentos fontes de vitamina D são os produtos lácteos, principalmente leite enriquecido com esta molécula, em conjunto com cereais, nozes, legumes e peixe. Dentro deste último grupo incluem peixes gordurosos, entre os quais estão o salmão, atum, arenque e sardinha, e acima de tudo, o óleo extraído do seu fígado, especialmente rico em ácidos graxos ômega 3.

No entanto, os cientistas lembram também que a vitamina D é produzida de uma forma "mais eficiente" pelo organismo após a exposição aos raios ultravioleta emitidos pelo sol. Os raios ultravioletas convertem a forma inativa da vitamina D, que temos na pele, em ativa.

A exposição ao sol inicia a síntese desta vitamina na pele que vai depender de seu nível de pigmentação e do grau de exposição à luz solar. Na verdade, a pele escura restringe a passagem de raios ultravioletas e sintetiza menos vitamina D.

É recomendado usar as duas fontes e, no caso do sol, não abusar no verão, especialmente em tempos de aumento da intensidade dos raios UVA. Uma dieta balanceada, incluindo alimentos ricos em cálcio e vitamina D em combinação com uma exposição adequada de 15 minutos por dia é a chave para a prevenção de quem sofre de osteoporose

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