domingo, 20 de maio de 2012

Doença Celíaca x Síndrome de Down

A Doença Celíaca consiste na inabilidade de digerir glúten, um componente natural de diversos cereais (aveia, centeio, trigo, cevada e seus derivados). Os sintomas mais comuns são dores abdominais, distensão abdominal e diarréia
A doença é inicialmente diagnosticada através de uma dieta de exclusão, ou seja, alguns meses sem ingerir estes cereais seguidos da reintrodução destes alimentos um a um. Na população, a freqüência de Doença Celíaca é de 1 em cada 2.000 nascimentos, isto é, 0,05%. Porém muitos estudos confirmam uma alta prevalência de Doença Celíaca entre crianças com Síndrome de Down.
 A ocorrência é de 1 em cada 14 nascimentos, isto é, 7%. A dificuldade em identificar as manifestações clínicas da doença celíaca pode levar ao diagnóstico tardio da doença e, portanto, à demora no início do tratamento. O não-tratamento da doença em longo prazo envolve impactos permanentes no crescimento e desenvolvimento; defeitos de formação dentária; osteoporose; aumento do risco de cânceres malignos, causando danos no desenvolvimento escolar e no trabalho desses indivíduos.
A criança com Síndrome de Down já está exposta a riscos no crescimento e desenvolvimento adequados, devido às alterações metabólicas características da síndrome, e ainda é considerada um dos maiores grupos de risco para a Doença Celíaca.
Considerando a alta prevalência existente e a gravidade das conseqüências que a Doença Celíaca não-diagnosticada e, portanto, não-tratada pode gerar em crianças com Síndrome de Down, é fundamental a atualização dos profissionais de saúde que lidam com este grupo acerca do conhecimento cientifico produzido até os dias de hoje a fim de possibilitar uma conduta mais criteriosa no tratamento de crianças com Síndrome de Down com risco para desenvolverem Doença Celíaca.

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